Desculpem lá a maçada

Dei uma aula sobre resistência bacteriana à Sofia. Disse-lhe dezenas de vezes que as sobras de antibióticos se entregam na farmácia e falei-lhe na importância de cumprir sempre na íntegra os tratamentos prescritos.

Foto
"A indústria farmacêutica, especialmente as grandes empresas, não trabalha exactamente tendo em vista o bem comum" Gilead Sciences Inc/REUTERS

Sempre que alguém me cumprimenta em forma de pergunta, geralmente com o famoso “então, tudo bem?”, respondo que sim senhora, então adeus e até à próxima. Mesmo que a minha vida esteja a tender para o ruinoso e que me sinta a escalar com as unhas as paredes do inferno, nunca me parece de bom-tom desenrolar o novelo dos problemas numa conversa de cortesia. Felizmente a minha amiga Sofia não é assim e, ao meu “tudo bem?”, respondeu que, na verdade, estava tudo uma desgraça.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Sempre que alguém me cumprimenta em forma de pergunta, geralmente com o famoso “então, tudo bem?”, respondo que sim senhora, então adeus e até à próxima. Mesmo que a minha vida esteja a tender para o ruinoso e que me sinta a escalar com as unhas as paredes do inferno, nunca me parece de bom-tom desenrolar o novelo dos problemas numa conversa de cortesia. Felizmente a minha amiga Sofia não é assim e, ao meu “tudo bem?”, respondeu que, na verdade, estava tudo uma desgraça.