Aumentam multas por falta de inspecção e uso do telemóvel durante condução

Registaram-se igualmente aumentos nas infracções por falta de cadeirinhas para crianças (41,3%), não uso de cinto de segurança (38,7) e por ausência de seguro (9,4%).

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Infracções por uso do telemóvel ao volante subiram mais de 30% PEXELS

As multas por falta de inspecção periódica obrigatória aumentaram 90% nos cinco primeiros meses do ano face ao mesmo período de 2020, tendo também subido em mais de 30% as infracções por uso do telemóvel ao volante.

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As multas por falta de inspecção periódica obrigatória aumentaram 90% nos cinco primeiros meses do ano face ao mesmo período de 2020, tendo também subido em mais de 30% as infracções por uso do telemóvel ao volante.

O relatório da sinistralidade a 24 horas, fiscalização e contra-ordenações de Maio de 2021, divulgado esta quinta-feira pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), avança que se registaram igualmente aumentos nas infracções por falta de cadeirinhas para crianças (41,3%), não uso de cinto de segurança (38,7) e por ausência de seguro (9,4%).

O relatório precisa que, entre Janeiro e Maio, as forças de segurança detectaram 27.459 veículos sem a inspecção periódica obrigatória, contra os 14.394 detectados no mesmo período de 2020, e 12.167 condutores a falar ao telemóvel (9.284 em 2020), além de terem registado 8942 infracções por falta do cinto de segurança (6448 em 2020).

A ANSR indica também que, nos primeiros cinco meses do ano, foram detectadas 8012 infracções por falta de seguro (7.326 em 2020) e 945 sem sistemas de retenção (669 em 2020).

Apesar de terem sido estas as multas de trânsito com aumentos, 56,8% do número total de infracções registadas entre Janeiro e Maio de 2021 corresponderam a excesso de velocidade, embora tenham descido 27,3% em relação aos mesmos meses do ano passado, segundo o mesmo documento.

A ANSR avança que, até Maio, foram detectadas 453,6 mil infracções, o que representa uma diminuição de 16,4% face ao período homólogo do ano anterior.

O relatório dá conta que 6,1% das infracções detectadas se deveram à ausência de inspecção periódica obrigatória, enquanto o uso do telemóvel ao volante e a não utilização do cinto de segurança atingiram pesos de 2,7% e 2,0%, respectivamente, no total.

O mesmo documento refere igualmente que, entre Janeiro e Maio, foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 604,9 mil condutores, representando um aumento de 24,2% comparativamente a 2020, embora o número de infracções tenha diminuído cerca de 26%.

A ANSR revela ainda que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, aumentou 23,1% nos cinco primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2020, atingindo 9,6 mil condutores, sendo mais de metade das detenções (51,5%) por falta de habilitação legal para conduzir, que se traduz num aumento de 71,9% face a Janeiro e Maio de 2020.

Por sua vez, a taxa de condutores detidos por condução sob o efeito do álcool diminuiu 20,3%.

De acordo com o relatório, entre Janeiro e Maio foram fiscalizados 45,2 milhões de veículos, tendo-se verificado uma diminuição de 3,3% em relação ao mesmo período de 2020.

Os dados são o resultado das operações de fiscalização efectuadas pela GNR, PSP e Polícia Municipal de Lisboa, bem como os dados referentes à fiscalização realizada através do sistema de radares fixos de âmbito nacional (SINCRO) da ANSR.