Vaticano: cardeal Becciu foi acusado de desvio de dinheiro e abuso de cargo e vai a julgamento no dia 27
Além do cardeal, mais nove pessoas respondem por vários crimes financeiros, entre eles o antigo líder dos serviços secretos financeiros do Vaticano e mais dois corretores. Em causa, a compra de um edifício numa zona nobre de Londres.
Um juiz do Vaticano decidiu levar a julgamento dez pessoas, incluindo um cardeal italiano, acusadas de vários crimes financeiros, incluindo desvio de dinheiro, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e abuso de cargo.
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Um juiz do Vaticano decidiu levar a julgamento dez pessoas, incluindo um cardeal italiano, acusadas de vários crimes financeiros, incluindo desvio de dinheiro, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e abuso de cargo.
Entre os acusados figura o cardeal Angelo Becciu, bem como o antigo chefe da unidade de serviços secretos financeiros do Vaticano e dois corretores italianos envolvidos na compra pelo Vaticano de um edifício numa zona nobre de Londres.
Becciu, que o Papa Francisco demitiu no ano passado e sempre defendeu a sua inocência durante os dois anos da investigação, torna-se assim na mais alta figura da Igreja Católica no Vaticano a ser acusada de crimes financeiros.
A investigação, bem como a acusação do cardeal, foi aprovada pessoalmente pelo Papa, tal como exigido pela lei da Igreja.
O cardeal é acusado de desvio de dinheiro e abuso do cargo. Cecilia Marogna, uma italiana que trabalhou para Becciu foi igualmente acusada de desvio de dinheiro.
Os corretores italianos Gianluigi Torzi e Raffaele Mincione foram acusados de desvio de dinheiro, fraude e lavagem de dinheiro. Torzi, para quem foi emitido um mandado de captura em Abril, também está acusado de extorsão.
Ambos garantem estar inocentes.
Quatro empresas associadas com os acusados individuais também foram acusadas, duas na Suíça, uma nos Estados Unidos e outra na Eslovénia.
De acordo com um comunicado do Vaticano, o julgamento vai começar a 27 de Julho.