Marrocos estuda rota marítima directa para Portimão neste Verão

Trata-se de uma reorganização do plano de recepção e trânsito de emigrantes marroquinos na Europa, que se repete a cada Verão. O objectivo é reduzir os custos das viagens entre a Europa e Marrocos para os cidadãos marroquinos que queiram passar férias no país de origem.

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Miguel Manso

Marrocos tenciona ampliar o seu número de rotas marítimas para a Europa e o porto de Portimão consta nos planos, escreve o El Mundo esta quarta-feira. A rota ligará Tanger ao Algarve e servirá como uma alternativa mais em conta para a viagem de emigrantes marroquinos.

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Marrocos tenciona ampliar o seu número de rotas marítimas para a Europa e o porto de Portimão consta nos planos, escreve o El Mundo esta quarta-feira. A rota ligará Tanger ao Algarve e servirá como uma alternativa mais em conta para a viagem de emigrantes marroquinos.

De acordo com a agência Efe, trata-se de uma reorganização do plano de recepção e trânsito de emigrantes marroquinos na Europa, que se repete a cada Verão.

O PÚBLICO tentou confirmar esta notícia junto do Ministério da Administração Interna, mas até agora ainda não teve resposta.

Esta linha irá juntar-se às já existentes entre Tânger e outros portos europeus, como Marselha (França) ou Génova (Itália). Há ainda uma ligação marítima entre Sète (França) e Nador. Não há qualquer porto espanhol nas rotas já conhecidas — e não se prevê que isso venha a mudar, com o fim da operação Passagem do Estreito e o acentuar da tensão diplomática entre Madrid e Rabat. Portos espanhóis, como Algeciras, Málaga, Almeria ou Ceuta, ficam assim de fora dos planos.

De acordo com o diário espanhol, o objectivo é reduzir os custos das viagens entre a Europa e Marrocos. Os preços de referência fixados pelo Governo marroquino prevêem viagens a rondar os 995 euros, ida e volta, para uma família de quatro pessoas com carro nos trajectos de longa distância e 450 euros para os trajectos de média distância.

O mesmo jornal indica que poderão ser transportadas 48.000 pessoas e 15.000 veículos por semana, até um total de 650.000 pessoas e 180.000 veículos — uma quinta parte das pessoas que fazem esta rota num ano normal.