A “calma antes da tempestade” pode estar a chegar ao fim nas falências

Ao contrário das crises anteriores, a pandemia não trouxe mais falências, antes pelo contrário. Mas à medida que os apoios públicos forem retirados, o cenário pode mudar. Para os governos, a decisão é entre proteger as empresas em dificuldades e o risco de estar a criar demasiadas “empresas zombie”.

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Rui Gaudencio

O inédito arsenal de medidas de apoio às empresas lançado pelo Estado durante a pandemia levou a que, no ano da maior contracção económica do último século, o número de falências empresariais tivesse sido, em 2020, o mais baixo dos últimos anos. O risco agora é o de que, à medida que as moratórias, as garantias de crédito e os apoios ao emprego forem sendo retirados, várias empresas que estão no limite da sobrevivência comecem a declarar falência. E os dados disponíveis para Portugal começam já a revelar uma ligeira subida do número de encerramentos de empresas, um sinal daquilo que poderá estar para vir no futuro.

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O inédito arsenal de medidas de apoio às empresas lançado pelo Estado durante a pandemia levou a que, no ano da maior contracção económica do último século, o número de falências empresariais tivesse sido, em 2020, o mais baixo dos últimos anos. O risco agora é o de que, à medida que as moratórias, as garantias de crédito e os apoios ao emprego forem sendo retirados, várias empresas que estão no limite da sobrevivência comecem a declarar falência. E os dados disponíveis para Portugal começam já a revelar uma ligeira subida do número de encerramentos de empresas, um sinal daquilo que poderá estar para vir no futuro.