Libertação de reclusos fez aumentar os sem-abrigo

Provedora de Justiça, Ana Lúcia Amaral, critica “falhas” no plano de reinserção social de muitos dos 1853 reclusos que foram libertados, em Abril do ano passado, para minimizar o risco de contágio dentro das prisões.

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Os primeiros presos começaram a sair da cadeia logo na primeira quinzena de Abril de 2020 Paulo Pimenta (arquivo)

A decisão tomada pelo Governo de libertar 1853 reclusos, como forma de garantir medidas de controlo e prevenção do contágio pelo novo coronavírus no meio prisional, não foi devidamente acompanhada e fez com que muitos engrossassem o contingente de pessoas em situação de sem-abrigo. A crítica é da Provedora de Justiça, Ana Lúcia Amaral, para quem o aumento das pessoas sem tecto ou sem casa durante 2020 decorreu igualmente entre a população migrante e os que sofreram “perda súbita de empregos, na sua maioria já precários”.

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A decisão tomada pelo Governo de libertar 1853 reclusos, como forma de garantir medidas de controlo e prevenção do contágio pelo novo coronavírus no meio prisional, não foi devidamente acompanhada e fez com que muitos engrossassem o contingente de pessoas em situação de sem-abrigo. A crítica é da Provedora de Justiça, Ana Lúcia Amaral, para quem o aumento das pessoas sem tecto ou sem casa durante 2020 decorreu igualmente entre a população migrante e os que sofreram “perda súbita de empregos, na sua maioria já precários”.