Operação Marquês: Ricardo Salgado e Armando Vara com julgamento marcado já para Junho

Armando Vara e Ricardo Salgado vão ser julgados em processos autónomos por decisão do juiz de instrução criminal Ivo Rosa. O ex-ministro socialista responde pelo crime de branqueamento de capitais e o ex-banqueiro por três crimes de abuso de confiança.

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LUSA/PAULO CUNHA

O ex-banqueiro Ricardo Salgado vai começar a ser julgado, no âmbito da Operação Marquês, no dia 7 de Junho. Segundo noticiou a SIC e o PÚBLICO confirmou junto de fontes judiciais, estão já marcadas quatro sessões: 7, 8, 14 e 15 de Junho.

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O ex-banqueiro Ricardo Salgado vai começar a ser julgado, no âmbito da Operação Marquês, no dia 7 de Junho. Segundo noticiou a SIC e o PÚBLICO confirmou junto de fontes judiciais, estão já marcadas quatro sessões: 7, 8, 14 e 15 de Junho.

Também Armando Vara, ex-ministro socialista, vai começar a ser julgado em Junho, mas no dia 9.

Armando Vara e Ricardo Salgado vão ser julgados em processos autónomos por decisão do juiz de instrução criminal Ivo Rosa. O ex-ministro socialista responde pelo crime de branqueamento de capitais e o ex-banqueiro por três crimes de abuso de confiança.

Ivo Rosa só deixou no processo principal José Sócrates e o seu amigo Carlos Santos Silva, que entendeu não ser o testa-de-ferro do antigo primeiro-ministro, mas o seu corruptor, tendo remetido para julgamento imediato Ricardo Salgado.

Não por suborno a José Sócrates, nem por branqueamento de capitais, fraude fiscal e falsificação de documento, mas apenas por três transferências bancárias suspeitas, no valor de 10,6 milhões de euros, que efectuou em 2011, com origem na ES Enterprises, tida como o saco azul do Grupo Espírito Santo, e tendo como destino sociedades offshore controladas pelo banqueiro.

O ex-banqueiro recorreu, no entanto, para o Tribunal da Relação desta separação de processos. O que significa que o julgamento que está para começar a 7 de Junho pode ser depois anulado, caso o Tribunal da Relação de Lisboa venha a entender que o encadeamento de indícios da prática de crimes em que se baseia a Operação Marquês justifica que as suas responsabilidades sejam apuradas ao mesmo tempo que as do ex-primeiro-ministro.