Adão podia ser o guardião da calçada do Porto

Carros de bois, pipos de vinho, barcos rabelos e a ondulação do rio. A Fugas desencantou os moldes de madeira da calçada que resiste no Porto, uma arte bem apertada nas mãos dos calceteiros — e que por aqui caiu em desuso.

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Adão carregou sempre uma pequena mochila às costas. Lá dentro, um recorte de jornal plastificado, um diploma, um cubo de calcário, dois envelopes de fotografias e um martelo “de 2004”, objectos escolhidos a dedo que ajudam a contar a história de — é seguro dizê-lo — um dos poucos calceteiros que ainda olham pela calçada das ruas do Porto onde, encaixada com mestria, disfarçada entre um puzzle de pedras, está a assinatura dele e de outros mestres.