Jogos de “sombras e luz” e um pato feito de espelhos: nos jardins do Taguspark busca-se a “felicidade”

“Queremos que este espaço, com uma localização única, fomente o bem-estar e a felicidade.” Nos jardins do Taguspark, em Oeiras, um museu de arte urbana em desenvolvimento tem uma nova peça que, através de sombra e luz, cria a “ilusão de uma curva”. Em Dezembro, chegava um “patinho de borracha” vindo da infância e feito de espelhos.

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São várias as obras de arte que, ao longo dos últimos anos, têm composto o museu de arte urbana que está a ser desenvolvido no Taguspark, em Oeiras, o “maior Parque de Ciência e Tecnologia do país”, incluindo peças de Bordalo II, Clo Burgard, Youthone, Gonçalo Mar, The Caver e Styler.

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São várias as obras de arte que, ao longo dos últimos anos, têm composto o museu de arte urbana que está a ser desenvolvido no Taguspark, em Oeiras, o “maior Parque de Ciência e Tecnologia do país”, incluindo peças de Bordalo II, Clo Burgard, Youthone, Gonçalo Mar, The Caver e Styler.

A mais recente, Umbra, criada pelo grupo Rethorica Studio, convida o visitante a “abstrair-se momentaneamente do espaço envolvente” ao deambular por túneis de madeira que, constituídos por 200 quadrados dispostos em diferentes posições, dão-lhes “uma ambiência única de sombras e luz”.

O conjunto, instalado nos jardins dos Edifícios Inovação, cria ainda a “ilusão de uma curva”, aponta o comunicado de imprensa. “A acção sobre um objecto consegue mudar a percepção sobre o mesmo”, descreve o grupo artístico, criado em 2015 por quatro estudantes ligados às áreas da arquitectura, design e ilustração.

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“A peça de arte urbana Umbra é mais um marco do museu de arte urbana em desenvolvimento no Taguspark e que já conta com obras de diferentes artistas plásticos, espalhadas por diferentes espaços”, afirma Eduardo Baptista Correia, director-executivo do Taguspark. “A arte e a cultura fazem parte do projecto que estamos a desenvolver na Cidade do Conhecimento. Queremos que este espaço, com uma localização única, fomente o bem-estar e a felicidade.”

Assente na mesma premissa, desde Dezembro que a escultura IN’DUCK’TION, do artista plástico OSIR, nada no lago dos jardins do edifício Núcleo Central do Taguspark. Bico vermelho e corpo cor do céu, é a “felicidade” da infância estampada num patinho de borracha, em versão gigante e forrado a espelhos.

De acordo com o comunicado, a escultura faz parte do projecto #REFLETE, no qual o artista plástico “trabalha a partir de materiais vulgares, improváveis e inexplorados”. O espelho, neste caso, utilizado “não só para que [a escultura] se possa dissolver no espaço arquitectónico, como também para que quem se cruze com a obra possa fazer parte da sua composição”.

O projecto reflecte ainda “o momento actual” e “contrabalança o sentimento social que se vive, transmitindo alegria e bem-estar”. Foram precisamente estes dois aspectos “essenciais para qualquer ser humano” que serviram de inspiração ao artista plástico português.

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Para isso, OSIR decidiu recuar ao imaginário infantil e trabalhar “um objecto que pudesse transmitir os sentimentos de felicidade e conforto que só a nossa própria casa, o nosso porto de abrigo, pode conseguir”.

A escultura é flutuante, apesar de estar “ancorada”, para que, explica-se na apresentação do projecto, possa “ter alguma liberdade de movimentos para ganhar ‘vida própria'” no lago.