Uma prova de vinhos velhos portugueses com algumas desilusões e uma mão-cheia de tintos admiráveis

O crítico João Paulo Martins organizou uma prova de vinhos tranquilos portugueses das décadas de 70, 80 e 90 do século passado. Não foi nenhum teste à capacidade de envelhecimento do vinho português, mas deu para perceber uma vez mais que o leque de vinhos longevos e bons continua muito curto.

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Rui Gaudêncio

Há uns anos, quando o meu amigo bairradino Pedro Maia, médico nefrologista em Coimbra, me confessou num jantar bem regado em sua casa que não apreciava vinhos tranquilos velhos, confesso que não o entendi. Não o entendi e fiquei a lamentar o desperdício que esse seu gosto já deveria ter gerado. Pela sua posição profissional e pela sua ligação familiar a produtores da Bairrada, uma das regiões do país com vinhos mais longevos, de certeza que poderia ter criado uma garrafeira histórica e bebido muitos vinhos raros e grandiosos.

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Há uns anos, quando o meu amigo bairradino Pedro Maia, médico nefrologista em Coimbra, me confessou num jantar bem regado em sua casa que não apreciava vinhos tranquilos velhos, confesso que não o entendi. Não o entendi e fiquei a lamentar o desperdício que esse seu gosto já deveria ter gerado. Pela sua posição profissional e pela sua ligação familiar a produtores da Bairrada, uma das regiões do país com vinhos mais longevos, de certeza que poderia ter criado uma garrafeira histórica e bebido muitos vinhos raros e grandiosos.