Música excitante para ser ouvida com os pés na terra

Sugestões de hip-hop e ritmos africanizados de ontem, assimilados hoje, com palavras lúcidas ou irónicas à mistura e eis Batida e Luaty Beirão, os IKOQWE.

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Catarina Limão

Em Fevereiro do ano passado, pouco tempo antes do primeiro confinamento devido à pandemia, era vê-los em palco, na Casa Independente, em Lisboa. Dois seres que pareciam ter vindo de outra dimensão, com um deles (Coqwe) a ocupar-se da bateria, programações e, às vezes, da voz, enquanto o outro (Iko), ia discorrendo sobre igualdade, democracia, comunicação manipulada ou neocolonialismo, num registo que por vezes era informativo, noutras acusador ou ainda irónico. O som era percussivo, luxuriante e corporal, contendo elementos de recolhas sonoras feitas em Angola pelo etnomusicólogo inglês Hugh Tracey, algures entre 1920 e 1970.

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Em Fevereiro do ano passado, pouco tempo antes do primeiro confinamento devido à pandemia, era vê-los em palco, na Casa Independente, em Lisboa. Dois seres que pareciam ter vindo de outra dimensão, com um deles (Coqwe) a ocupar-se da bateria, programações e, às vezes, da voz, enquanto o outro (Iko), ia discorrendo sobre igualdade, democracia, comunicação manipulada ou neocolonialismo, num registo que por vezes era informativo, noutras acusador ou ainda irónico. O som era percussivo, luxuriante e corporal, contendo elementos de recolhas sonoras feitas em Angola pelo etnomusicólogo inglês Hugh Tracey, algures entre 1920 e 1970.