Uma humilhação para o PPE, uma oportunidade para a Europa

Chegou um momento em que nem a UE nem os seus maiores partidos dependem de Viktor Orbán para nada — e devem tratá-lo com a mesma frieza pragmática com que ele até agora os manipulou.

Durante dez anos, Viktor Orbán procedeu a um desmantelamento sistemático do Estado de direito na Hungria, de forma premeditada, deliberada e, acima de tudo, evidente. A maior família política do continente, o Partido Popular Europeu, que deteve durante todo esse tempo a presidência da Comissão Europeia, a maior parte dos assentos no Conselho Europeu e o maior grupo parlamentar da UE, deixou-o fazer. Das mudanças periódicas da Constituição à decapitação do sistema judicial, da expulsão da Universidade da Europa Central ao fecho de praticamente todos os jornais e rádios que não reproduzissem a propaganda do governo, do aparelhamento das agências e instituições independentes à corrupção desbragada pelos amigos e família do primeiro-ministro, tudo o PPE foi deixando passar.

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Durante dez anos, Viktor Orbán procedeu a um desmantelamento sistemático do Estado de direito na Hungria, de forma premeditada, deliberada e, acima de tudo, evidente. A maior família política do continente, o Partido Popular Europeu, que deteve durante todo esse tempo a presidência da Comissão Europeia, a maior parte dos assentos no Conselho Europeu e o maior grupo parlamentar da UE, deixou-o fazer. Das mudanças periódicas da Constituição à decapitação do sistema judicial, da expulsão da Universidade da Europa Central ao fecho de praticamente todos os jornais e rádios que não reproduzissem a propaganda do governo, do aparelhamento das agências e instituições independentes à corrupção desbragada pelos amigos e família do primeiro-ministro, tudo o PPE foi deixando passar.