Médico que autopsiou Ihor: “Não tive dúvidas de que algo se passava, por isso alertei a PJ”

O médico-legista Carlos Durão disse que a causa da morte de Ihor Homenyuk veio referenciada como “natural”, mas que logo durante o exame verificou as lesões. Na oitava sessão do julgamento dos três inspectores do SEF acusados de homicídio, advogados de arguidos tentam pôr em causa a autópsia. Ex-director de Fronteiras de Lisboa disse: “Certamente não é oito horas depois” que se desalgema um passageiro.

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Arguido Luís Silva com a sua advogada, Maria Manuel Candal Daniel Rocha

Depois de o ter escrito no relatório da autópsia, e de o ter já afirmado à investigação e à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), o médico-legista Carlos Durão reforçou ao tribunal que não teve dúvidas de que o corpo de Ihor Homenyuk tinha marcas de etiologia homicida. “Compreendi desde o início que algo se passava.” Algo que não se coadunava com o que lhe tinham dito: que se tratava de uma morte por causa natural. “Não tive dúvidas”, afirmou, e por isso alertou a Polícia Judiciária. “Sabemos que, às vezes, os relatórios da autópsia quando seguem a via normal podem demorar meses (...). Alertei para iniciar um processo de melhor investigação”, explicou. 

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Depois de o ter escrito no relatório da autópsia, e de o ter já afirmado à investigação e à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), o médico-legista Carlos Durão reforçou ao tribunal que não teve dúvidas de que o corpo de Ihor Homenyuk tinha marcas de etiologia homicida. “Compreendi desde o início que algo se passava.” Algo que não se coadunava com o que lhe tinham dito: que se tratava de uma morte por causa natural. “Não tive dúvidas”, afirmou, e por isso alertou a Polícia Judiciária. “Sabemos que, às vezes, os relatórios da autópsia quando seguem a via normal podem demorar meses (...). Alertei para iniciar um processo de melhor investigação”, explicou.