Gonçalo M. Tavares: um buraco negro

No mais agreste dos arquipélagos tavarianos irrompeu uma nova ilha: O Osso do Meio

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No mais agreste dos arquipélagos tavarianos, uma nova ilha: O Osso do Meio Nuno Ferreira Santos

A obra literária de Gonçalo M. Tavares (n. 1970) é um arquipélago de arquipélagos, por vezes designados séries, colecções, sequências de livros, etc. O maior tem actualmente dez ilhas e chama-se O Bairro. Na verdade, há ilhas solitárias, como que adjacentes, neste arquipélago de arquipélagos, mas tudo leva a crer que um dia deixarão de o ser. Por outro lado, algumas destas ilhas — excêntricas, por assim dizer (e por enquanto) —, não sendo das primeiras a aflorar no mar tavariano, irromperam nele com tal grandeza que logo assumiram no arquipélago uma centralidade só comparável à de O Bairro e de outro arquipélago primevo, O Reino. Será o caso de Uma Viagem à Índia, situada em Epopeia (um proto-arquipélago?), e de Atlas do Corpo e da Imaginação que, no mapa da obra de Tavares, é localizável num ponto denominado Atlas (outro arquipélago nascente?).

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A obra literária de Gonçalo M. Tavares (n. 1970) é um arquipélago de arquipélagos, por vezes designados séries, colecções, sequências de livros, etc. O maior tem actualmente dez ilhas e chama-se O Bairro. Na verdade, há ilhas solitárias, como que adjacentes, neste arquipélago de arquipélagos, mas tudo leva a crer que um dia deixarão de o ser. Por outro lado, algumas destas ilhas — excêntricas, por assim dizer (e por enquanto) —, não sendo das primeiras a aflorar no mar tavariano, irromperam nele com tal grandeza que logo assumiram no arquipélago uma centralidade só comparável à de O Bairro e de outro arquipélago primevo, O Reino. Será o caso de Uma Viagem à Índia, situada em Epopeia (um proto-arquipélago?), e de Atlas do Corpo e da Imaginação que, no mapa da obra de Tavares, é localizável num ponto denominado Atlas (outro arquipélago nascente?).