Os extremistas do passado a preto e branco

Sou muito prática. Recuso discussões de surdos e sectários sobre História portuguesa. Cortem lá os arbustos, mas não ganhem ideias para o Padrão dos Descobrimentos. E, de caminho, ensinem História a todos os alunos do secundário, com programas bem feitos.

O objetivo inicial do meu texto desta semana ia para a curiosa dualidade que a direita saudosista tem com o império colonial. Pretendia ilustrar como os que mais colocam em altares da História os Descobrimentos, as terras além-mar “que eram portuguesas”, todas as pulsões lusotropicalistas do bom colono, compassivo, pouco violento, que até criou as raças mestiças de tanto gostar de se entrosar com os nativos (realidade rosada nada reservada só aos homens e muitas vezes envolvendo falta de consentimento sexual das autóctones), por outro lado, mais se incomodam com quem veio das ditas colónias amadas.

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O objetivo inicial do meu texto desta semana ia para a curiosa dualidade que a direita saudosista tem com o império colonial. Pretendia ilustrar como os que mais colocam em altares da História os Descobrimentos, as terras além-mar “que eram portuguesas”, todas as pulsões lusotropicalistas do bom colono, compassivo, pouco violento, que até criou as raças mestiças de tanto gostar de se entrosar com os nativos (realidade rosada nada reservada só aos homens e muitas vezes envolvendo falta de consentimento sexual das autóctones), por outro lado, mais se incomodam com quem veio das ditas colónias amadas.