“Se queremos proteger a democracia, o middleware é uma solução eficaz”

A democracia está a ser ameaçada pelas Big Tech e “não podemos confiar nos seus caprichos”, diz Barak Richman. Solução? Use middleware e escolha intermediários de confiança que filtrem o que recebe nas plataformas online. Utópico? É a proposta de Richman, Ashish Goel e Francis Fukuyama para diluir o poder dos monopólios e proteger a democracia.

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Marco Neves Ferreira

Barak Richman é co-autor, com Francis Fukuyama e Ashish Goel, do ensaio How to Save Democracy From Technology – Ending Big Tech’s Information Monopoly, que acaba de ser publicado na revista Foreign Affairs. Com percursos, preocupações e especializações académicas distintas, os três conheceram-se quando Fukuyama — autor do célebre livro O Fim da História e o Último Homem — organizou um grupo de trabalho interdisciplinar na Universidade de Stanford, na Califórnia, para estudar as Big Tech ou GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft), como são conhecidas as plataformas digitais que dominam o mercado. Uma das intenções de Fukuyama era reunir académicos de diferentes áreas de conhecimento. “Foi assim que nos conhecemos: o professor Goel é engenheiro, o professor Fukuyama é cientista político e eu sou advogado de direito da concorrência. A vantagem da nossa colaboração é que juntamos perspectivas e percepções diferentes”, diz Richman ao P2, numa entrevista a partir da Califórnia.

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Barak Richman é co-autor, com Francis Fukuyama e Ashish Goel, do ensaio How to Save Democracy From Technology – Ending Big Tech’s Information Monopoly, que acaba de ser publicado na revista Foreign Affairs. Com percursos, preocupações e especializações académicas distintas, os três conheceram-se quando Fukuyama — autor do célebre livro O Fim da História e o Último Homem — organizou um grupo de trabalho interdisciplinar na Universidade de Stanford, na Califórnia, para estudar as Big Tech ou GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft), como são conhecidas as plataformas digitais que dominam o mercado. Uma das intenções de Fukuyama era reunir académicos de diferentes áreas de conhecimento. “Foi assim que nos conhecemos: o professor Goel é engenheiro, o professor Fukuyama é cientista político e eu sou advogado de direito da concorrência. A vantagem da nossa colaboração é que juntamos perspectivas e percepções diferentes”, diz Richman ao P2, numa entrevista a partir da Califórnia.