As virtudes e os perigos da desmistificação dos destilados

Não há razão nenhuma para não se fazer uma vodka maravilhosa com trigo de barbela do Alentejo. Ou um whisky de malte. Ou feito na Reboleira ou em Famalicão um gin de estilo londrino tão subtil como o Tanqueray Ten. Essa é a consolação. O perigo é que praticamente toda a gente, de todos os países, pode fazer o mesmo.

Foto
Russel Cheyne/Reuters

A semana passada falei do contexto político da universalização do gin. Resumindo: o gin, apesar de ser um produto fácil de fazer (álcool perfumado com zimbro e outras especiarias), foi considerado uma bebida tipicamente inglesa, sendo as marcas britânicas aquelas que conseguiam ser as mais procuradas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A semana passada falei do contexto político da universalização do gin. Resumindo: o gin, apesar de ser um produto fácil de fazer (álcool perfumado com zimbro e outras especiarias), foi considerado uma bebida tipicamente inglesa, sendo as marcas britânicas aquelas que conseguiam ser as mais procuradas.