O Douro vinhateiro não precisa de um hotel com 180 quartos em cima do rio

Se se permite um hotel em Mesão Frio, como se poderá negar um hotel semelhante no Pinhão, na Régua, no Tua ou no Pocinho? O perigo é esse. O perigo é abrir-se a porta à “algarvização” do Douro.

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Gonçalo Dias

O hotel de 180 quartos que o empresário Mário Ferreira pretende construir na zona ribeirinha da Rede, em Mesão frio, não vai certamente acabar com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, apesar dos avisos do Icomos. Este organismo, que actua na conservação do património e tem grande influência junto da UNESCO, também fez alertas pessimistas em relação à barragem do Tua e não aconteceu nada.  A barragem já está feita e não consta que a UNESCO vá fazer alguma coisa. Bastou a EDP entregar a obra do paredão e da sua envolvente a um renomado arquitecto, Souto Moura, para o assunto ficar resolvido.

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O hotel de 180 quartos que o empresário Mário Ferreira pretende construir na zona ribeirinha da Rede, em Mesão frio, não vai certamente acabar com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, apesar dos avisos do Icomos. Este organismo, que actua na conservação do património e tem grande influência junto da UNESCO, também fez alertas pessimistas em relação à barragem do Tua e não aconteceu nada.  A barragem já está feita e não consta que a UNESCO vá fazer alguma coisa. Bastou a EDP entregar a obra do paredão e da sua envolvente a um renomado arquitecto, Souto Moura, para o assunto ficar resolvido.