As televisões também não gostam de batom

A decisão editorial das televisões de supressão de opiniões femininas na noite eleitoral é mais sexista e daninha que qualquer insulto de Ventura.

No período eleitoral das presidenciais assistimos a um caso paradigmático, digno de constar nos livros, de misoginia. Não, não me refiro à boçalidade do candidato Ventura com o batom de Marisa Matias. Muito pior. Trata-se daquele machismo insidioso, mais silencioso e eficaz: as três estações televisivas generalistas excluíram as mulheres de opinar sobre a noite eleitoral, assim efetivamente calando a voz de metade da população à volta de uma eleição importante para o país.

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No período eleitoral das presidenciais assistimos a um caso paradigmático, digno de constar nos livros, de misoginia. Não, não me refiro à boçalidade do candidato Ventura com o batom de Marisa Matias. Muito pior. Trata-se daquele machismo insidioso, mais silencioso e eficaz: as três estações televisivas generalistas excluíram as mulheres de opinar sobre a noite eleitoral, assim efetivamente calando a voz de metade da população à volta de uma eleição importante para o país.