Covid-19: mais 111 mortes em Portugal. Internamentos aumentam quase 25% em 2021

Boletim deste sábado dá conta de 3555 pessoas com covid-19 hospitalizados, mais 697 do que a 1 de Janeiro. Doentes em unidades de cuidados intensivos são agora 540, também um máximo desde o início da pandemia. Foram registados mais 9478 novos casos na sexta-feira, sendo o quarto dia consecutivo com mais de nove mil infecções.

Portugal registou mais 111 mortes por covid-19 na sexta-feira, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde deste sábado. É o segundo dia com mais mortes, depois das 118 mortes do dia anterior. O relatório de situação actualizado dá conta de 9478 novos casos durante o dia de sexta-feira, o quarto dia consecutivo com mais de nove mil casos.

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Portugal registou mais 111 mortes por covid-19 na sexta-feira, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde deste sábado. É o segundo dia com mais mortes, depois das 118 mortes do dia anterior. O relatório de situação actualizado dá conta de 9478 novos casos durante o dia de sexta-feira, o quarto dia consecutivo com mais de nove mil casos.

O número de vítimas mortais sobe assim para 7701 e o total de infectados ascende a 476.187 desde o início da pandemia.

A acompanhar o crescimento dos contágios e mortes estão os internamentos, que aumentaram pelo oitavo dia consecutivo e atingiram um máximo da pandemia: há agora 3555 doentes hospitalizados, mais 104 do que no dia anterior. O número de infectados em unidades de cuidados intensivos (UCI) também chegou a um novo máximo no país, com 540 (mais quatro).

Depois de um começo do mês de Dezembro em que os hospitais sentiram uma maior pressão exercida pelos internamentos resultantes dos casos do final de Novembro, estes indicadores estagnaram e chegaram mesmo a diminuir: a 1 de Dezembro havia 3275 internados, 525 em UCI; a 24 de Dezembro estavam internadas 2754 pessoas com covid-19, 504 delas nos cuidados intensivos.

Os números voltaram a aumentar no final de Dezembro e o crescimento tem ganho ímpeto desde a entrada em 2021. Até sexta-feira havia 102.406 casos activos em Portugal, um novo máximo, e a primeira vez que o país conta mais de 100 mil casos ainda por resolver. 

As hospitalizações aumentaram 29,1% em relação à véspera de Natal e 25,1% desde o primeiro dia de Janeiro. A 24 de Dezembro estavam internadas com covid-19 menos 801 pessoas que esta sexta-feira, e a 1 de Janeiro eram menos 697 (2858).

No caso de doentes em unidades de cuidados intensivos, uma redução do indicador entre o Natal e o Ano Novo até faz com que a diferença seja maior desde 1 de Janeiro até agora que desde o Natal. Estavam em UCI 492 doentes em 1 de Janeiro, menos 48 do que as indicadas no relatório deste sábado (aumento de 9,8%); em 24 de Dezembro estavam 504 (mais 7,1%).

A maior pressão da pandemia já obrigou à transferência de alguns doentes de Lisboa para centros hospitalares do Norte. Cinco doentes infectados do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, foram transferidos para o Hospital de São João, no Porto. Este número pode não ficar por aqui, visto que o hospital lisboeta já tem todas as suas 121 camas dedicadas à covid-19 ocupadas (105 de enfermaria e 16 de unidades de cuidados intensivos) e os hospitais privados contactados pelo PÚBLICO também já acusam “elevada pressão e procura” devido ao agravamento da situação epidemiológica.

O Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) transferiu dez doentes para o Norte – cinco para o Hospital de Santo António, no Porto, e outros cinco para o Hospital de Gaia – como “medida preventiva” para responder à maior afluência que antecipam.

Outros hospitais ainda têm capacidade para ampliar a resposta à pandemia. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, elevou o nível de contingência e criou mais camas de internamento para doentes covid através da realocação de meios físicos e humanos. Vai passar de 160 camas alocadas à covid-19 para 210 (160 em enfermaria e 50 em cuidados intensivos). Já o Hospital Garcia de Orta abriu mais quatro camas de UCI, dispondo agora de 28 (18 estão ocupadas).

Lisboa e Vale do Tejo com 44 mortes pelo segundo dia seguido

O Norte foi a região com mais infecções identificadas, com 3377. Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo, com 3009 casos; o Centro, com 2074 novas infecções (a primeira vez com mais de dois mil casos nesta região), o Alentejo, com 582 casos; o Algarve, com 326 infecções; os Açores, com 67 casos; e a Madeira, com 43.

Lisboa e Vale do Tejo somou 44 mortes pelo segundo dia consecutivo, seguida da região Norte, que contabilizou mais 29. Há ainda registadas mais 25 mortes no Centro, 11 no Alentejo e duas no Algarve.

O Norte é a região mais afectada desde o início da pandemia, com 3436 mortes em 232.303 casos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 2689 mortes e 155.643 infecções identificadas.