Um tributo a Maryanne Amacher, pioneira da electrónica que pôs os ouvidos a fazerem música

Até domingo, Serralves apresenta um programa dedicado à compositora americana cujo trabalho cruzou música, ciência e novos media.

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Maryanne Amacher em Oakland em 1993 BLANK FORMS/THE MARYANNE AMACHER FOUNDATION

Nova Iorque, 2003. Thurston Moore, dos Sonic Youth, visita a casa-estúdio-laboratório de Maryanne Amacher, compositora e artista sonora. Numa sala apinhada de maquinaria electrónica, colunas de som e alguns objectos não identificáveis, Amacher opera um vórtice de barulho belo e ensurdecedor, que parece provocar um abalo sísmico em todos os cantos da casa. Thurston Moore, sentado numa cadeira, as mãos a pressionarem os ouvidos, parece estar tão encantado quanto atordoado. “Isto é a melhor música que eu já ouvi”, diz. “A Maryanne tinha uma atitude muito rock’n’roll na forma como punha a casa dela toda a vibrar e a tornar-se viva”, acrescenta Kim Gordon, também dos Sonic Youth.

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Nova Iorque, 2003. Thurston Moore, dos Sonic Youth, visita a casa-estúdio-laboratório de Maryanne Amacher, compositora e artista sonora. Numa sala apinhada de maquinaria electrónica, colunas de som e alguns objectos não identificáveis, Amacher opera um vórtice de barulho belo e ensurdecedor, que parece provocar um abalo sísmico em todos os cantos da casa. Thurston Moore, sentado numa cadeira, as mãos a pressionarem os ouvidos, parece estar tão encantado quanto atordoado. “Isto é a melhor música que eu já ouvi”, diz. “A Maryanne tinha uma atitude muito rock’n’roll na forma como punha a casa dela toda a vibrar e a tornar-se viva”, acrescenta Kim Gordon, também dos Sonic Youth.