Um ano para não esquecer

São gigantescos os desafios que a humanidade enfrenta, mas o ano não termina sem um sentimento de esperança.

1. Edward Luce escrevia o seguinte na sua mais recente coluna do Financial Times, referindo-se às duas vacinas que já estão aprovadas no Estados Unidos. “Em síntese, o governo federal ofereceu cerca de 14 mil milhões de dólares de subsídios às farmacêuticas para produzir o mais depressa possível uma vacina. Ao garantir pré-encomendas enormes e cobrindo outros custos (para readaptar instalações, por exemplo), Washington eliminou grande parte do risco do sector privado. Isto permitiu às empresas apostarem tudo na busca de uma solução rápida. Os Institutos Nacionais de Saúde também facultaram a essas empresas muito do trabalho prévio e o acesso às suas bases de dados. Como resultado, passaram apenas dez meses entre a sequenciação do vírus em Janeiro até à 3.ª fase dos ensaios, em Outubro. Nunca nada assim tinha sido alcançado na história da Medicina.” A citação ajuda a compreender onde estamos hoje e como aqui chegámos. O ano maldito de 2020 acaba com o combate à pandemia a chegar a um novo patamar de esperança, graças à ciência e aos meios excepcionais que os Estados colocaram ao seu dispor. Houve a compreensão do que estava em causa e a mobilização dos meios necessários. Na ciência como na economia. Nos EUA, na Europa ou no Japão, pacotes financeiros para aliviar o impacte brutal da pandemia ultrapassaram a mais fértil imaginação. As democracias não estavam preparadas para uma catástrofe desta natureza. Encontraram algumas respostas muito depressa. Chegou o momento de se tiraram as primeiras lições.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

1. Edward Luce escrevia o seguinte na sua mais recente coluna do Financial Times, referindo-se às duas vacinas que já estão aprovadas no Estados Unidos. “Em síntese, o governo federal ofereceu cerca de 14 mil milhões de dólares de subsídios às farmacêuticas para produzir o mais depressa possível uma vacina. Ao garantir pré-encomendas enormes e cobrindo outros custos (para readaptar instalações, por exemplo), Washington eliminou grande parte do risco do sector privado. Isto permitiu às empresas apostarem tudo na busca de uma solução rápida. Os Institutos Nacionais de Saúde também facultaram a essas empresas muito do trabalho prévio e o acesso às suas bases de dados. Como resultado, passaram apenas dez meses entre a sequenciação do vírus em Janeiro até à 3.ª fase dos ensaios, em Outubro. Nunca nada assim tinha sido alcançado na história da Medicina.” A citação ajuda a compreender onde estamos hoje e como aqui chegámos. O ano maldito de 2020 acaba com o combate à pandemia a chegar a um novo patamar de esperança, graças à ciência e aos meios excepcionais que os Estados colocaram ao seu dispor. Houve a compreensão do que estava em causa e a mobilização dos meios necessários. Na ciência como na economia. Nos EUA, na Europa ou no Japão, pacotes financeiros para aliviar o impacte brutal da pandemia ultrapassaram a mais fértil imaginação. As democracias não estavam preparadas para uma catástrofe desta natureza. Encontraram algumas respostas muito depressa. Chegou o momento de se tiraram as primeiras lições.