Guerra entre ministra e regulador da Saúde em risco de acabar em tribunal

Em causa está um regulamento que define regras para a transferência de doentes entre unidades de saúde públicas e do sector privado e social que foi declarado inválido pela ministra da Saúde. Especialistas duvidam da legalidade do despacho da governante.

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LUSA/JOSÉ COELHO/POOL

A guerra declarada entre a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a ministra da Saúde, Marta Temido, só deverá acabar em tribunal. Uma semana após a entrada em vigor de um diploma do regulador que definiu regras para a transferência de doentes entre os estabelecimentos públicos, privados e do sector social – um regulamento que demorou três anos a ser concluído e foi publicado há mais de um mês no Diário da República – a ministra fez um despacho a declarar a sua invalidade, alegando que o regulador não tem competência para o fazer. A ERS ripostou de imediato, num comunicado, considerando que a governante “não tem competência legal para declarar a invalidade de um regulamento de uma entidade administrativa independente”.

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A guerra declarada entre a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a ministra da Saúde, Marta Temido, só deverá acabar em tribunal. Uma semana após a entrada em vigor de um diploma do regulador que definiu regras para a transferência de doentes entre os estabelecimentos públicos, privados e do sector social – um regulamento que demorou três anos a ser concluído e foi publicado há mais de um mês no Diário da República – a ministra fez um despacho a declarar a sua invalidade, alegando que o regulador não tem competência para o fazer. A ERS ripostou de imediato, num comunicado, considerando que a governante “não tem competência legal para declarar a invalidade de um regulamento de uma entidade administrativa independente”.