Centro de Artes do Saber Fazer do Douro nasce em antiga panificadora da Régua

O Centro de Artes do Saber Fazer que será gerido pela Fundação Museu do Douro, deverá abrir as portas no Verão de 2021

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Renato Cruz Santos

O Museu do Douro anunciou nesta quinta-feira a criação do Centro de Artes do Saber Fazer (Crivo) na antiga panificadora da Régua para divulgar os criadores da região, gerar oportunidades de negócio e desenvolver acções de formação.

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O Museu do Douro anunciou nesta quinta-feira a criação do Centro de Artes do Saber Fazer (Crivo) na antiga panificadora da Régua para divulgar os criadores da região, gerar oportunidades de negócio e desenvolver acções de formação.

“Há muito do saber fazer do Douro que queremos mostrar num espaço que vamos adaptar e que vamos chamar Crivo”, afirmou o director da unidade museológica, Fernando Seara, que falava aos jornalistas durante a apresentação do projecto.

O Crivo, que será gerido pela Fundação Museu do Douro, deverá abrir as portas no Verão de 2021.

A antiga panificadora de Peso da Régua, que fica junto ao museu, na cidade do Peso da Régua, vai ser requalificada e dar lugar a um espaço de criação, de comercialização, de formação e de divulgação da cultura de todo um território.

O edifício de três andares, construído na década de sessenta do século XX e representativo da arquitectura industrial vai ser adaptado, mantendo-se as suas características originais como os azulejos nas paredes, a chaminé e o monta-cargas.

No rés-do-chão e com ligação para a rua ficará um espaço aberto, dividido por módulos que podem ser adaptados em função das necessidades.

Luís Carvalho, coordenador financeiro da Fundação Museu do Douro, salientou que, com este projecto, se pretende ajudar também os jovens empreendedores a “transformar ideias em negócios”.

Referiu ainda que o Crivo vai enquadrar cinco áreas temáticas: produtos da terra, artes e ofícios, arte do vinho, sabores com tradição e sustentabilidade ambiental.

Ali, de concreto, vai ser criado um espaço de venda dedicado aos produtos da terra, vinhos, azeite ou doçaria típica do Douro, dado apoio na criação de canais de venda e distribuição e instaladas áreas de trabalho ao vivo para artesãos, criadores ou técnicos, que permitam um circuito de visita para turistas.

Haverá também espaços para a realização de oficinas, workshops ou formações.

A missão do projecto é “criar oportunidades de negócio para os jovens e menos jovens criadores que, através do seu talento possam transformar a arte e conhecimento em criatividade económica e cultural”.

Neste espaço, que funcionará como uma extensão do Museu do Douro, pretende-se contribuir para a abertura de novos mercados da produção regional, o desenvolvimento de um espaço de partilha de conhecimentos da arte do saber fazer com jovens empreendedores e contribuir para a valorização dos produtos endógenos da região do Douro.

Segundo Luís Carvalho, pretende-se também “criar uma marca comum, uma identidade do que se faz bem no Douro” e alavancar os micro negócios através de uma estrutura que permitirá, posteriormente, ter os produtos nos cerca de 40 espaços da rede dos museus do Douro.

Nas obras de adaptações e equipamentos vão ser investidos cerca de 200 mil euros, com financiamento do Turismo de Portugal, no âmbito de uma candidatura à linha de apoio à sustentabilidade.