Meio Sol Amarelo, de Chimamanda Ngozi Adichie: o “melhor dos melhores” do Women’s Prize for Fiction

Em 25 anos de Women’s Prize for Fiction, o romance Meio Sol Amarelo, de Chimamanda Ngozi Adichie, venceu na categoria ‘Winner of Winners’. A escritora nigeriana segue assim os passos de Andrea Levy, que foi eleita a “melhor dos melhores” da primeira década do prémio, pelo seu romance Small Island, vencedor do Women’s Prize for Fiction 2004.

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Chimamanda Ngozi Adichie RG Rui Gaudencio

A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie venceu nesta quinta-feira a categoria ‘Winner of Winners’, do Women’s Prize for Fiction, pelo seu romance Meio Sol Amarelo editado em Portugal na LeYa/Dom Quixote.

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A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie venceu nesta quinta-feira a categoria ‘Winner of Winners’, do Women’s Prize for Fiction, pelo seu romance Meio Sol Amarelo editado em Portugal na LeYa/Dom Quixote.

A votação foi feita pelo público que seleccionou esta obra de Chimamanda a partir de uma lista em que se incluem obras de Zadie Smith (Uma questão de beleza), Lionel Shriver (Temos de falar sobre o Kevin), Rose Tremain ( SonataGustav),  Ali Smith (Como ser uma e outra e Maggie O’Farrell (Hamnet). A escritora nigeriana segue assim os passos de Andrea Levy, que foi eleita a “melhor dos melhores”('Best of the Best') da primeira década do prémio quando ainda era designado por Orange Prize, pelo seu romance Small Island, vencedor em 2004.

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Chimamanda Ngozi Adichie dr

Este galardão é atribuído a título único e excepcional e a escritora recebeu uma edição especial em prata da estatueta anual, conhecida como ‘Bessie’, criada e doada originalmente pela artista Grizel Niven como parte da oferta de um benfeitor anónimo.

Meio Sol Amarelo tinha vencido originalmente o Women's Prize for Fiction (à época, designado como Orange Prize) em 2007, quando Chimamanda tinha 29 anos. Entretanto o livro foi adaptado ao cinema com Chiwetel Ejiofor e Thandie Newton nos principais papéis e o filme estreou-se em 2013.

“Com a acção centrada na Nigéria durante a Guerra do Biafra, o romance fala-nos do fim do colonialismo, de lealdades étnicas, de classes, de raça, do empoderamento das mulheres - e de como o amor tem o poder de tudo subverter”, resume a editora. As suas personagens são “Ugwu, um humilde criado de treze anos a quem o mundo se desvendará pela mão do seu senhor, Odenigbo, que, na intimidade da sua casa, planeia uma revolução. Este jovem professor universitário mantém uma relação apaixonada e sensual com a bela e mágica Olanna, cuja irmã gémea, Kainene, é alvo do amor desesperado de Richard, um jovem inglês a braços com o seu papel de homem branco em África.

Todos eles vão ser forçados a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição. Todos eles vão assistir ao desmoronar da realidade tal como a conheciam devido a uma guerra que tudo transformará irremediavelmente.”

Chimamanda Ngozi Adichie nasceu na Nigéria, em 1977, tendo ido estudar para os Estados Unidos aos dezanove anos. É autora dos romances A Cor do Hibisco e Americanah, do livro de contos A Coisa à Volta do Teu Pescoço e os ensaios sobre feminismo Todos Devemos Ser Feministas e Querida Ijeawele.