O SARS-CoV-2 tornou-se mais transmissível ou virulento? A ciência ainda procura respostas

Investigações ao genoma do coronavírus SARS-CoV-2 já mostraram que há uma mutação que o pode tornar mais transmissível, mas nada se viu sobre se está mais virulento.

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Coronavírus SARS-CoV-2 NIAID

Já foram sequenciados e divulgados mais de 167 mil genomas do coronavírus SARS-CoV-2 em todo o mundo. Até agora, tem-se visto que a taxa de mutação deste vírus é de cerca de duas mutações por mês desde o primeiro genoma sequenciado, o que é baixo comparando com a maioria dos vírus deste tipo. Mas isto não vai fazer com que seja mais ou menos virulento nem mais ou menos transmissível. Há sobretudo uma mutação que tem despertado o interesse dos cientistas, a D614G. Na última semana, na revista Nature revelaram-se resultados num estudo em hamsters que mostra que essa mutação pode aumentar a transmissão viral, mas não se verificou que aumentava a virulência.

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Já foram sequenciados e divulgados mais de 167 mil genomas do coronavírus SARS-CoV-2 em todo o mundo. Até agora, tem-se visto que a taxa de mutação deste vírus é de cerca de duas mutações por mês desde o primeiro genoma sequenciado, o que é baixo comparando com a maioria dos vírus deste tipo. Mas isto não vai fazer com que seja mais ou menos virulento nem mais ou menos transmissível. Há sobretudo uma mutação que tem despertado o interesse dos cientistas, a D614G. Na última semana, na revista Nature revelaram-se resultados num estudo em hamsters que mostra que essa mutação pode aumentar a transmissão viral, mas não se verificou que aumentava a virulência.