La Redoute escolheu Lisboa para abrir a sua primeira loja de rua

Na Rua António Enes, na zona do Saldanha, o espaço de 400 metros quadrados acolherá sobretudo mobiliário e decoração, a pensar no cliente particular, mas também no profissional.

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Primeiro a venda por catálogo físico, encomenda e a ida ao posto dos correios. Foi assim que começou a francesa La Redoute em Portugal, em 1988. Décadas depois, a venda online. Agora, e quando tantas marcas se estão a converter ao e-commerce, a La Redoute faz o caminho oposto e abre a sua primeira loja física, em Lisboa, nesta quinta-feira. O objectivo é ir ao encontro do consumidor que precisa de ver para comprar, justifica Paulo Mateus Pinto, CEO da marca em Portugal.

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Primeiro a venda por catálogo físico, encomenda e a ida ao posto dos correios. Foi assim que começou a francesa La Redoute em Portugal, em 1988. Décadas depois, a venda online. Agora, e quando tantas marcas se estão a converter ao e-commerce, a La Redoute faz o caminho oposto e abre a sua primeira loja física, em Lisboa, nesta quinta-feira. O objectivo é ir ao encontro do consumidor que precisa de ver para comprar, justifica Paulo Mateus Pinto, CEO da marca em Portugal.

“Somos um player digital e o e-commerce precisa de estar presente na vivência de uma loja [física] onde se procura a satisfação do consumidor”, declara ao PÚBLICO, acrescentando que esta venderá mobiliário, decoração e têxtil-lar. A roupa, calçado e acessórios continuam à venda online.

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Paulo Mateus Pinto, CEO da La Redoute Portugal DR

Para já será uma experiência em registo pop-up store, a funcionar até Junho de 2021, e criará quatro postos de trabalho. Na rua António Enes, na zona do Saldanha, o espaço de 400 metros quadrados acolherá sobretudo mobiliário e decoração, a pensar no cliente particular, mas também no profissional, que precisa de ver os ambientes criados, explica Paulo Mateus Pinto, como se fosse uma “montra”, acrescenta.

“O digital necessita de estar na rua porque quer acompanhar o consumidor. Na estratégia do mobiliário temos de estar onde o consumidor está”, continua o CEO, justificando que numa loja física se “reduz a percepção do risco quando se compra um móvel”. Com a abertura da loja, a marca prevê continuar a crescer a dois dígitos e reforçar no segmento “casa”. Paulo Mateus Pinto não refere o investimento feito, dizendo apenas que são “centenas de milhares de euros”. “É um investimento diferenciado do que tem sido a nossa estratégia.”

A concorrência são todas as marcas de mobiliário e decoração, da gigante sueca Ikea à Conforama, passando pela Zara Home, Kinda ou Loja do Gato Preto, enumera Paulo Mateus Pinto. Contudo, salvaguarda que o estilo mais mediterrânico da La Redoute se distingue do nórdico da Ikea, conquistando um cliente diferente, nomeadamente o dos hotéis e, a nível particular, o dos clientes com segundas casas, de praia ou de campo.

Sobre a decisão de abrir uma loja em plena pandemia, o responsável admite que esperava que, nesta altura, a situação fosse diferente mas que este “não é um investimento a curto prazo”. “Temos de continuar a viver, a nossa organização tem de contribuir para que haja um amanhã e estamos cheios de esperança”, conclui.

Com uma história de 183 anos, a La Redoute foi adquirida, há dois anos, pelo Grupo Galerias Lafayette e o ano passado a sua loja online, em Portugal, conquistou o prémio de melhor site, da Associação da Economia Digital (ACEPI), um prémio que já foi atribuído à EDP e à Fnac. Já em anos anteriores, tinha recebido o prémio de melhor site/app de moda.