Mas quem é que falou em crise? E em duodécimos? Os recuos do Governo e do BE

O primeiro-ministro garante que não contribuirá para uma crise política e que governar em duodécimos (com base no anterior OE) não será a opção ideal. A líder do BE diz que António Costa poderá sempre apresentar um novo documento, mas há um mês o BE não via problemas num regime de duodécimos.

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O BE foi o último partido a ser recebido pelo Governo na terça-feira Rui Gaudencio/Arquivo

Enquanto a direita acusa o Governo e a esquerda de distrair o país com encenações políticas, o primeiro-ministro reúne-se com os partidos num derradeiro esforço de negociar a proposta orçamental do próximo ano antes da primeira fase de votações. Até agora não existem sinais de que a aprovação do Orçamento do Estado para 2021 está garantida. O fantasma da crise política ― que o primeiro-ministro chegou a relativizar e que o Presidente da República procurou esconjurar― reaproxima-se e António Costa agora já dramatiza e avisa que não quer governar em “bochechos”, duodécimos. Catarina Martins condena agora a “chantagem” do líder do Governo, mas há um mês o seu partido não via qualquer problema em governar sem orçamento para o próximo ano. Confuso?

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Enquanto a direita acusa o Governo e a esquerda de distrair o país com encenações políticas, o primeiro-ministro reúne-se com os partidos num derradeiro esforço de negociar a proposta orçamental do próximo ano antes da primeira fase de votações. Até agora não existem sinais de que a aprovação do Orçamento do Estado para 2021 está garantida. O fantasma da crise política ― que o primeiro-ministro chegou a relativizar e que o Presidente da República procurou esconjurar― reaproxima-se e António Costa agora já dramatiza e avisa que não quer governar em “bochechos”, duodécimos. Catarina Martins condena agora a “chantagem” do líder do Governo, mas há um mês o seu partido não via qualquer problema em governar sem orçamento para o próximo ano. Confuso?