Beatriz Ângelo, a primeira mulher a votar em Portugal, é agora uma mala da Josefinas

Carolina e Mini Carolina são as novas malas da marca de luxo bracarense, numa homenagem às mulheres.

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A nova mala das Josefinas pode chegar aos 390 euros DR

Fundada em 2013 e gerida apenas por mulheres que se apelidam de serem defensoras do feminismo, a marca portuguesa de luxo Josefinas, conhecida pelas icónicas sabrinas e dedicada ao calçado raso artesanal, acaba de lançar uma mala para senhora com dois modelos, um maior e outro mais pequeno.

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Fundada em 2013 e gerida apenas por mulheres que se apelidam de serem defensoras do feminismo, a marca portuguesa de luxo Josefinas, conhecida pelas icónicas sabrinas e dedicada ao calçado raso artesanal, acaba de lançar uma mala para senhora com dois modelos, um maior e outro mais pequeno.

Esta nova colecção é inspirada em Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher a exercer o direito ao voto em 1911. “Foi uma figura muito importante no movimento sufragista português e, enquanto portuguesas, não podíamos deixar de a homenagear”, partilha a marca em conversa com o PÚBLICO. 

As malas Carolina e Mini Carolina custam, respectivamente, 390 euros e 310 euros, são fabricadas em pele genuína por artesãos nacionais. “A mala é produzida à mão, especialmente para cada encomenda. A magia de ser um produto criado artesanalmente é inigualável”, defende Carolina Nelas, directora de comunicação da Josefinas. 

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Cada pormenor da mala foi pensado. Por exemplo, o laço representa a coragem de Carolina, e a delicadeza do interior da mala, em cor-de-rosa, realça o seu lado feminino. “A Josefinas acredita que tudo o que cria deve ter um significado e, enquanto marca portuguesa, dá a conhecer ao mundo a mulher que rompeu as normas de uma sociedade patriarcal, mostrando que as mulheres são capazes de abrir portas a várias conquistas”, lê-se no comunicado enviado à redacção. 

Esta não é a primeira colecção de malas da marca bracarense. “Em 2016 lançámos uma colecção, de edição limitada, inspirada em Sophia Loren; e em 2019 apresentámos a nossa versão de uma mala térmica” que pode ser usada como carteira ou lancheira, informa. 

No ano passado, a marca venceu um prémio internacional através de uma campanha contra a violência doméstica representando-se não só como um negócio no retalho da indústria, mas como uma fonte de apoio para as mulheres. “Através do nosso trabalho, esperamos apoiar cada vez mais mulheres em todo o mundo”, disse a directora de comunicação da marca ao PÚBLICO. 

Todos os anos, a marca de luxo portuguesa exporta os seus produtos para mais de 60 países. “Trabalhamos com pequenos negócios, muitos deles geridos por mulheres, na criação dos nossos produtos e aliamo-nos a instituições e iniciativas para fazer a diferença junto de mulheres em situações desfavoráveis”, acrescenta. 

Quanto ao futuro, tudo indica que “2021 será um ano muito promissor para a Josefinas, com colecções muito especiais”, promete a responsável. Sem levantar o véu, Carolina Nelas adianta que a linha de acessórios vai ser alargada e que a premissa passa por criar produtos com significado, de maneira a levar “além-fronteiras aquilo que de melhor se faz em Portugal”.

Texto editado por Bárbara Wong