OE: já é outra vez altura de nos preocuparmos com o valor do défice?

Com a opção de não recorrer aos empréstimos do fundo de recuperação, Governo dá sinal de estar novamente a dar prioridade à contenção na dívida. Mas o nível em que ainda se encontra a economia pode exigir a manutenção de estímulos para reforçar a recuperação

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Mesmo com uma retoma em curso e o pior da crise económica aparentemente para trás, fazer da redução do défice e da dívida novamente uma prioridade da política orçamental seria um passo extemporâneo e demasiado arriscado, capaz de pôr em causa o objectivo de recuperação da actividade e de causar danos prolongados no mercado de trabalho. O aviso é feito por três economistas contactados pelo PÚBLICO, quando falta menos de uma semana para a apresentação pelo Governo da sua proposta de Orçamento do Estado para 2021 e decorrem as negociações entre partidos e Governo sobre o conteúdo dessa proposta.

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Mesmo com uma retoma em curso e o pior da crise económica aparentemente para trás, fazer da redução do défice e da dívida novamente uma prioridade da política orçamental seria um passo extemporâneo e demasiado arriscado, capaz de pôr em causa o objectivo de recuperação da actividade e de causar danos prolongados no mercado de trabalho. O aviso é feito por três economistas contactados pelo PÚBLICO, quando falta menos de uma semana para a apresentação pelo Governo da sua proposta de Orçamento do Estado para 2021 e decorrem as negociações entre partidos e Governo sobre o conteúdo dessa proposta.