Dragagens no rio Arade foram chumbadas

As obras vão ter impactes indirectos em “áreas de especial valor natural” e o estudo de impacte ambiental está ferido de “inúmeras lacunas” quanto ao património cultural e natural, diz a comissão de avaliação. A Administração do Porto de Sines é simultaneamente proponente e entidade que licencia.

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Miguel Manso

A Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental (CAIA) deu parecer “desfavorável” à execução do projecto de aprofundamento e alargamento do canal de navegação do Porto de Portimão. A obra implicaria a remoção de 4,63 milhões de metros cúbicos de areias e outros sedimentos, com “impactos negativos significativos e muito significativos” no património subaquático, pesca e nas praias da zona envolvente. O parecer da comissão aponta “inúmeras lacunas ao estudo de impacto ambiental (EIA)”, criticando o facto de não terem sido levadas em consideração as recomendações contidas na “nota técnica” apresentada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no que diz respeito à preservação dos ecossistemas e gestão dos dragados.

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A Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental (CAIA) deu parecer “desfavorável” à execução do projecto de aprofundamento e alargamento do canal de navegação do Porto de Portimão. A obra implicaria a remoção de 4,63 milhões de metros cúbicos de areias e outros sedimentos, com “impactos negativos significativos e muito significativos” no património subaquático, pesca e nas praias da zona envolvente. O parecer da comissão aponta “inúmeras lacunas ao estudo de impacto ambiental (EIA)”, criticando o facto de não terem sido levadas em consideração as recomendações contidas na “nota técnica” apresentada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no que diz respeito à preservação dos ecossistemas e gestão dos dragados.