Michael Lonsdale e a sombra

Como actor de cinema, uma revista exaustiva da obra de Michael Lonsdale precisaria de várias páginas. E onde quer que fosse, onde quer que estivesse, o que quer que representasse, carregava sempre uma sombra, um lado escondido, uma verdade oculta.

Foto
REUTERS/Max Rossi

Ainda há pouco mais de uma semana nos pudemos cruzar com ele, na televisão portuguesa. A RTP2 passava o belo filme de Peter Handke, A Mulher Canhota, e numa das primeiras cenas lá aparecia, quase furtivamente, Michael Lonsdale, na pele de um empregado de mesa de um restaurante de luxo, a servir o casal formado por Bruno Ganz e Edith Clever. A sua presença, como uma sombra elegante mas distante, sedutora mas fria, e a inquietação que resulta desta equação, funcionam como uma premonição para o que vai acontecer poucas horas depois ao casal Ganz e Clever.  

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Ainda há pouco mais de uma semana nos pudemos cruzar com ele, na televisão portuguesa. A RTP2 passava o belo filme de Peter Handke, A Mulher Canhota, e numa das primeiras cenas lá aparecia, quase furtivamente, Michael Lonsdale, na pele de um empregado de mesa de um restaurante de luxo, a servir o casal formado por Bruno Ganz e Edith Clever. A sua presença, como uma sombra elegante mas distante, sedutora mas fria, e a inquietação que resulta desta equação, funcionam como uma premonição para o que vai acontecer poucas horas depois ao casal Ganz e Clever.