Dobrar os mapas como deve ser

O penúltimo romance do muito polémico Nobel de 2019.

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Peter Handke, um dos melhores prosadores de língua alemã do último meio século Christian Hartmann/REUTERS

Há um ano, quando foi anunciado o Nobel da Literatura, o Carmo e a Trindade só não caíram porque a (já) tremida Academia Sueca continuava sediada em Estocolmo. Mas o anúncio do prémio provocou um terramoto de emoções e opiniões com réplicas em toda a parte. Houve manifestações nas ruas, exigiu-se a demissão dos jurados, voltou a falar-se em escândalo e em vergonha (ou na falta desta). Não se deu o caso, aparentemente, de a opinião pública (ou pelo menos a publicada) discordar fundadamente do juízo literário exarado pelos académicos ilustrados (supõe-se). Afinal, dificilmente se poderá deixar de considerar Peter Handke, o premiado, como um dos melhores prosadores de língua alemã do último meio século.

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Há um ano, quando foi anunciado o Nobel da Literatura, o Carmo e a Trindade só não caíram porque a (já) tremida Academia Sueca continuava sediada em Estocolmo. Mas o anúncio do prémio provocou um terramoto de emoções e opiniões com réplicas em toda a parte. Houve manifestações nas ruas, exigiu-se a demissão dos jurados, voltou a falar-se em escândalo e em vergonha (ou na falta desta). Não se deu o caso, aparentemente, de a opinião pública (ou pelo menos a publicada) discordar fundadamente do juízo literário exarado pelos académicos ilustrados (supõe-se). Afinal, dificilmente se poderá deixar de considerar Peter Handke, o premiado, como um dos melhores prosadores de língua alemã do último meio século.