As gomas pop de Sreya

Cãezinha Gatinha, o novo e segundo álbum da artista lisboeta, é um “quente e frio” de indie-pop-electrónica descomplexada e a olhar para o passado e o presente da música portuguesa. O concerto de apresentação é neste sábado, n’A Voz do Operário, em Lisboa.

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Nanda Gondim

“​Vamos todos tarraxar um fado, vamos todos chorar um reggaeton” era um dos versos que melhor capturava o contorcionismo pop global e glutão de Emocional, o disco-óvni com que Rita Moreira — ou seja, Sreya — aterrava na música portuguesa em 2017, de forma discreta mas desalinhada o suficiente para não passar despercebida. Chegava com vontade de dar vazão à escrita através da música, “mais uma forma de expressão” a juntar a tudo o que fazia e continua a fazer: pintura, cerâmica, joalharia. Chegava acompanhada por um amigo de longa data, que entretanto se transformaria numa estrela, também ela muito desalinhada, da pop nacional: Conan Osiris.

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“​Vamos todos tarraxar um fado, vamos todos chorar um reggaeton” era um dos versos que melhor capturava o contorcionismo pop global e glutão de Emocional, o disco-óvni com que Rita Moreira — ou seja, Sreya — aterrava na música portuguesa em 2017, de forma discreta mas desalinhada o suficiente para não passar despercebida. Chegava com vontade de dar vazão à escrita através da música, “mais uma forma de expressão” a juntar a tudo o que fazia e continua a fazer: pintura, cerâmica, joalharia. Chegava acompanhada por um amigo de longa data, que entretanto se transformaria numa estrela, também ela muito desalinhada, da pop nacional: Conan Osiris.