Ordem dos Médicos diz que não pode fazer auditoria a surto de covid-19 em lar de luxo

Em causa está o facto de não ter sido recebida qualquer participação de doentes, familiares ou profissionais da Residência Montepio do Porto, onde viviam as 16 pessoas que morreram neste surto. DGS garante que situação deste lar “teve a adequada intervenção das autoridades de saúde locais”.

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Nelson Garrido

A Ordem dos Médicos garantiu ao PÚBLICO que não pode realizar qualquer auditoria clínica no lar de luxo Residência Montepio, no Porto, onde um surto de covid-19  matou 16 utentes, porque não recebeu qualquer queixa de falhas nos cuidados prestados por esta instituição. Já a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte garantiram, numa resposta conjunta, que a situação deste lar “teve a adequada intervenção das autoridades de saúde locais”, sem se pronunciarem sobre se os 55% de taxa de letalidade entre os residentes (16 utentes mortos num total de 29 infectados, segundo dados oficiais) justificava uma avaliação independente ao que aconteceu neste foco.

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