Advogados de Rudy Giuliani vão defender adolescente que matou manifestantes em Kenosha

Advogado que vai representar Kyle Rittenhouse diz que o adolescente agiu em legítima defesa. Em Washington, invocou-se famoso discurso de Martin Luther King para protestar contra o racismo e a violência policial.

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Kyle Rittenhouse, o adolescente acusado de assassinar duas pessoas envolvidas nos protestos contra a violência policial e o racismo em Kenosha, no Wisconsin, depois de um cidadão negro ter sido baleado à queima-roupa por um polícia, vai ser representado pela importante sociedade de advogados Pierce Bainbridge, que tem como clientes o advogado pessoal de Donald Trump, Rudolph Giuliani.

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Kyle Rittenhouse, o adolescente acusado de assassinar duas pessoas envolvidas nos protestos contra a violência policial e o racismo em Kenosha, no Wisconsin, depois de um cidadão negro ter sido baleado à queima-roupa por um polícia, vai ser representado pela importante sociedade de advogados Pierce Bainbridge, que tem como clientes o advogado pessoal de Donald Trump, Rudolph Giuliani.

O jovem de 17 anos é acusado de seis crimes, incluindo homicídio intencional em primeiro grau. “Ele não estava lá para criar problemas, mas viu a sua vida ser ameaçada e tem o direito de se proteger”, disse L. Lin Wood, um dos advogados, à CBS News, referindo que o adolescente agiu em legítima defesa. 

Rittenhouse disparou vários tiros com uma espingarda semiautomática contra manifestantes que saíram às ruas após o afro-americano Jacob Blake ter sido baleado pelas costas pelo agente Rusten Sheskey da polícia de Kenosha, à frente dos filhos.

No ambiente carregado que se vive nos EUA de revolta contra a violência policial que tem como alvo preferencial a população negra, m Washington, nesta sexta-feira, desfilaram milhares de pessoas junto ao Monumento de Lincoln, em Washington, no 57º. aniversário do discurso “Tenho um sonho”, de Martin Luther King”, para apelar à reestruturação da justiça criminal norte-americana e ao fim das desigualdades baseadas nos preconceitos raciais.

O reverendo Al Sharpton, o advogado Bren Crump, Martin Luther King III e familiares de George Floyd, afro-americano assassinado em Maio, discursaram no final da marcha, que contou com a presença do pai de Jacob Blake. O afro-americano de 29 anos sobreviveu a vários tiros, mas está paralisado da cintura para baixo e não é certo que consiga recuperar