Ensaio sobre o (des)amor. Assinado: Lianne La Havas

O terceiro disco da artista britânica, homónimo, reúne canções que falam tanto de amor como do que acontece quando este sai de cena. Introspectivo sem ser pessimista, é um álbum que não se preocupa muito com finais felizes. Até porque Lianne está só a começar.

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Filha de pai grego e mãe jamaicana, aprendiz da soul e do R&B, dona de voz com mel e guitarra com textura Hollie Fernando

Na economia musical do presente milénio, um(a) artista passar cinco anos sem dar sinais de vida é coisa rara. “Career suicide”, sugerirão os empresários que movimentam dólares e assinam contratos (entende-se que há um problema quando um dos homens-fortes do tubarão que é a plataforma de streaming Spotify provoca a ira de meia indústria e diz que os artistas “não podem gravar um disco a cada três ou quatro anos e achar que isso vai ser suficiente”). É na batalha de singles que se ganham os cêntimos de hoje. A renovação saudável de playlists, que aceleraram há já algum tempo um processo de dessacralização do álbum enquanto tesouro maior da criação musical – tema que dava para toda uma outra conversa.

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