“Nicha” Cabral, sempre nos limites

Com talento para a música e para a ginástica, acabou por ser corredor de automóveis e foi o primeiro português a competir na Fórmula 1. Irreverente e espirituoso, foi também um dos “árabes” que deixou o Governo de Marcello Caetano à beira de um ataque de nervos. Mário de Araújo “Nicha” Cabral morreu esta segunda-feira, aos 86 anos. Este foi o perfil traçado pelo PÚBLICO em 2001, aquando do lançamento da sua biografia.

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"Nicha" Cabral com Pedro Matos Chaves, em 2005 Fernando Veludo

De Mário de Araújo “Nicha” Cabral se pode dizer tudo, excepto que não soube apostar em si próprio. Obstinado, desde a infância, perante os desafios que se lhe foram deparando, teve como primeiras paixões o violino e a ginástica. Mas seria no desporto automóvel que se viria a tornar conhecido, dentro e fora de Portugal, em grande parte devido à dedicação, versatilidade e ritmo de trabalho que procurou desde que se apercebeu de que o talento, só por si, é insuficiente para fabricar campeões.

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De Mário de Araújo “Nicha” Cabral se pode dizer tudo, excepto que não soube apostar em si próprio. Obstinado, desde a infância, perante os desafios que se lhe foram deparando, teve como primeiras paixões o violino e a ginástica. Mas seria no desporto automóvel que se viria a tornar conhecido, dentro e fora de Portugal, em grande parte devido à dedicação, versatilidade e ritmo de trabalho que procurou desde que se apercebeu de que o talento, só por si, é insuficiente para fabricar campeões.