Morreu o Líbano que conhecíamos

A explosão de Beirute é um corte na História do País do Cedro. O sistema político libanês, feito de equilíbrios confessionais, chegou ao fim. Morre por corrupção e incompetência. Perdeu a última réstia de legitimidade. De momento, não há alternativas à vista

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WAEL HAMZEH/Reuters

Como foi possível passar de um país chamado “a Suíça do Médio Oriente”, modelo de coexistência comunitária, oásis de liberdade, prosperidade e cultura, para o inferno de um Estado falido, usurpado por uma elite corrupta? A explosão do porto de Beirute não foi apenas uma catástrofe. É um corte na História do Líbano. “Beirute nunca mais será a mesma”, escreve um jornalista. “O Líbano que conhecemos está a morrer”, observa um analista. É o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros, Nassif Hitt, quem declara: “O Líbano está a caminho de se transformar num Estado falido.

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Como foi possível passar de um país chamado “a Suíça do Médio Oriente”, modelo de coexistência comunitária, oásis de liberdade, prosperidade e cultura, para o inferno de um Estado falido, usurpado por uma elite corrupta? A explosão do porto de Beirute não foi apenas uma catástrofe. É um corte na História do Líbano. “Beirute nunca mais será a mesma”, escreve um jornalista. “O Líbano que conhecemos está a morrer”, observa um analista. É o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros, Nassif Hitt, quem declara: “O Líbano está a caminho de se transformar num Estado falido.