Tesouros do passado

Foto
Serge ASSIER/Gamma-Rapho via Getty Images

A propósito de coisas que ameaçam desparecer ou que já desapareceram, descubra-se The Dairy Restaurant (Penguim Random House) de Ben Katchor. É um livro com texto e imagem, mas não é (bem) banda desenhada. Também não arte ou literatura grande. Diga-se, então, que é um livro que resgata as histórias dos pequenos restaurantes judeus de Nova Iorque. Das suas ementas diárias, dos seus letreiros e interiores, daqueles que os frequentaram. Um mundo que o traço de Katchor, cronista, autor premiado de BD, tão saborosamente eternizou. Sem resistir, transcrevo, um depoimento do autor acerca dos botequins e tascas nova-iorquinas de outras épocas: “No início do século XX, comer fora era um acto político. Apoiava-se o café ou o restaurante cujo dono e clientela estariam em sintonia com as nossas crenças políticas: socialismo, anarquismo, vegetarianismo, etc. Os corações dos donos destes lugares não estavam no negócio, eram iniciativas marginais que não duraram muito”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A propósito de coisas que ameaçam desparecer ou que já desapareceram, descubra-se The Dairy Restaurant (Penguim Random House) de Ben Katchor. É um livro com texto e imagem, mas não é (bem) banda desenhada. Também não arte ou literatura grande. Diga-se, então, que é um livro que resgata as histórias dos pequenos restaurantes judeus de Nova Iorque. Das suas ementas diárias, dos seus letreiros e interiores, daqueles que os frequentaram. Um mundo que o traço de Katchor, cronista, autor premiado de BD, tão saborosamente eternizou. Sem resistir, transcrevo, um depoimento do autor acerca dos botequins e tascas nova-iorquinas de outras épocas: “No início do século XX, comer fora era um acto político. Apoiava-se o café ou o restaurante cujo dono e clientela estariam em sintonia com as nossas crenças políticas: socialismo, anarquismo, vegetarianismo, etc. Os corações dos donos destes lugares não estavam no negócio, eram iniciativas marginais que não duraram muito”.