Um templo no ouvido

Diogo Tudela usa diferentes dispositivos vocais para abordar os interditos associados às imagens.

Foto
Os sons tomam a dianteira e modulam, transformam as imagens Hugo Sousa

Este título é uma apropriação do título de um texto de M. S. Lourenço publicado em Os degraus do parnaso (1991). Trata-se de um texto notável sobre o desastre espiritual humano que é o domínio actual do ser visual e sobre a necessidade de produzir objectos visuais na expectativa de dominar os fenómenos e o mundo. E esta necessidade de representação visual é um desastre porque, ainda segundo M. S. Lourenço, a tomamos por um verdadeiro acto de conhecimento esquecendo que muitas dessas representações não contêm qualquer conteúdo cognitivo. Ou seja, trata-se do desastre de confundir uma representação visual com uma experiência, um conhecimento com um aparecer.

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Este título é uma apropriação do título de um texto de M. S. Lourenço publicado em Os degraus do parnaso (1991). Trata-se de um texto notável sobre o desastre espiritual humano que é o domínio actual do ser visual e sobre a necessidade de produzir objectos visuais na expectativa de dominar os fenómenos e o mundo. E esta necessidade de representação visual é um desastre porque, ainda segundo M. S. Lourenço, a tomamos por um verdadeiro acto de conhecimento esquecendo que muitas dessas representações não contêm qualquer conteúdo cognitivo. Ou seja, trata-se do desastre de confundir uma representação visual com uma experiência, um conhecimento com um aparecer.