OCDE lança inquérito sobre consequências da covid-19. Qual é a sua fatia do bolo?

PÚBLICO é o parceiro exclusivo para Portugal desta iniciativa internacional: Qual é a fatia do teu bolo?

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Adriano Miranda

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está a actualizar a sua ferramenta de comparação dos rendimentos dos cidadãos à escala global, para ajudar a alinhar as estratégias de recuperação com as percepções e prioridades de cada um.

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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está a actualizar a sua ferramenta de comparação dos rendimentos dos cidadãos à escala global, para ajudar a alinhar as estratégias de recuperação com as percepções e prioridades de cada um.

A pandemia da covid-19 está a intensificar as desigualdades económicas e sociais que se tornaram mais acentuadas nas últimas duas décadas. Como a OCDE demonstrou, profundas divisões entre todas as áreas da vida das pessoas já estavam a levar a uma sensação generalizada de vulnerabilidade antes do ataque pandémico. A OCDE relatou em 2016 que 40% das famílias de rendimento médio eram consideradas financeiramente vulneráveis.

À medida que os decisores políticos procuram reconstruir as nossas economias, terão de compreender como os cidadãos encaram as suas próprias vidas e aspirações. 

Comparar o seu rendimento é uma ferramenta interactiva baseada na web que permite aos utilizadores explorar estatísticas de rendimento e comparar o quão bem ou mal estão, e testar se as suas percepções estão de acordo com a situação real no seu país. O inquérito pode ser preenchido aqui.

A vontade das pessoas de apoiar a política é moldada em parte pela sua percepção da sua posição na sociedade e quais são as suas perspectivas. Com a pandemia da covid-19 a exigir respostas políticas sem precedentes, a ferramenta também explora a forma como as percepções das pessoas sobre a desigualdade afectam a sua vontade de apoiar a redistribuição e pergunta aos utilizadores que áreas dariam prioridade à despesa pública.

No caso português, a OCDE antecipa uma recessão mais forte do que o Governo, caso haja uma segunda onda de contágios pelo novo coronavírus e necessidade de implementar novas medidas de confinamento: queda de 11,3% e aumento do desemprego para 13%.

O PÚBLICO é o parceiro exclusivo para Portugal desta iniciativa da OCDE.