A ansiedade segundo Medhane

O primeiro álbum do rapper de 23 anos é uma celebração da cicatrização de dores antigas. Poemas de luta e superação que assinalam uma vida de batalhas e a procura de um abrigo.

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O artista de Brooklyn nem sempre dá o contexto completo das suas adversidades mas comunica num código universal que todos entendemos Gabriel Rivera

Aos 23 anos, Medhane já passou por muitas montanhas-russas na sua mente. “Awake for days, moving through the maze”, anuncia o rapper em Off Tha Strength, no arranque de Cold Water, o seu primeiro álbum de estúdio depois de uma série de mixtapes. Labirintos são, de resto, um tema recorrente nos seus versos, e o artista de Brooklyn escreve como se estivesse a tentar encontrar caminhos menos tortuosos. As suas palavras carregam o peso de noites mal dormidas e não escondem o trauma de fantasmas interiores, mas não tentam atormentar. Por mais que nasça da intranquilidade, Cold Water procura o antídoto para a combater, numa colecção de músicas que, cientes da efemeridade da vida, são, acima de tudo, uma celebração da sua preciosidade.

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Aos 23 anos, Medhane já passou por muitas montanhas-russas na sua mente. “Awake for days, moving through the maze”, anuncia o rapper em Off Tha Strength, no arranque de Cold Water, o seu primeiro álbum de estúdio depois de uma série de mixtapes. Labirintos são, de resto, um tema recorrente nos seus versos, e o artista de Brooklyn escreve como se estivesse a tentar encontrar caminhos menos tortuosos. As suas palavras carregam o peso de noites mal dormidas e não escondem o trauma de fantasmas interiores, mas não tentam atormentar. Por mais que nasça da intranquilidade, Cold Water procura o antídoto para a combater, numa colecção de músicas que, cientes da efemeridade da vida, são, acima de tudo, uma celebração da sua preciosidade.