Covid-19: exclusão de Portugal pelo Reino Unido “carece de rigor científico”

Análise do Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública conclui que a decisão do Reino Unido “carece de rigor técnico-científico e de transparência”, por desconsiderar outros indicadores de risco epidemiológico.

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Uma equipa de investigadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) analisou a decisão do Reino Unido que impõe uma quarentena de 14 dias a todas as pessoas que viajem de Portugal e conclui que esta medida não tem fundamento científico. Os cientistas defendem que o país está a ser indevidamente penalizado pela aplicação de um único critério (a incidência de covid-19 superior a 20 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias) “que não reflecte correctamente a gravidade da epidemia no país”. A análise nota que Portugal não só cumpre os outros critérios que deveriam ser considerados, mas também está a ser prejudicado por realizar testes que identificam muitos assintomáticos que passam despercebidos noutros países e por não ser tida em conta a desigual distribuição regional dos casos no país.

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Uma equipa de investigadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) analisou a decisão do Reino Unido que impõe uma quarentena de 14 dias a todas as pessoas que viajem de Portugal e conclui que esta medida não tem fundamento científico. Os cientistas defendem que o país está a ser indevidamente penalizado pela aplicação de um único critério (a incidência de covid-19 superior a 20 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias) “que não reflecte correctamente a gravidade da epidemia no país”. A análise nota que Portugal não só cumpre os outros critérios que deveriam ser considerados, mas também está a ser prejudicado por realizar testes que identificam muitos assintomáticos que passam despercebidos noutros países e por não ser tida em conta a desigual distribuição regional dos casos no país.