Xi devora Hong Kong e vota em Trump

Num mundo distraído pela covid-19, o regime chinês pôs termo à autonomia a do território. Além da pandemia, sente-se ajudado pela incompetência de Trump.

É um acto de força ou uma confissão de fraqueza? Talvez ambas as coisas. Dizia-se nos anos 1930 que um tratado não valia mais do que o papel em que tinha sido assinado. A China acaba de retomar essa velha tradição. O que não dá prestígio. Xi Jinping rasgou o tratado de 1984, a Declaração Conjunta Sino-Britânica, de uma forma singular: a nova Lei de Segurança Nacional, aprovada em Pequim a 30 de Junho, entrou em vigor em Hong Kong no dia 1 de Julho, esvaziando o princípio “um país, dois sistemas” que deveria garantir as liberdades do território até 2047.

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É um acto de força ou uma confissão de fraqueza? Talvez ambas as coisas. Dizia-se nos anos 1930 que um tratado não valia mais do que o papel em que tinha sido assinado. A China acaba de retomar essa velha tradição. O que não dá prestígio. Xi Jinping rasgou o tratado de 1984, a Declaração Conjunta Sino-Britânica, de uma forma singular: a nova Lei de Segurança Nacional, aprovada em Pequim a 30 de Junho, entrou em vigor em Hong Kong no dia 1 de Julho, esvaziando o princípio “um país, dois sistemas” que deveria garantir as liberdades do território até 2047.