Há uma mutação prevalecente no SARS-CoV-2. Será que o torna mais transmissível?

Até agora, vários cientistas referem que ainda não é possível afirmar que as mutações identificadas tornem o vírus mais ou menos virulento. Mas uma mutação em concreto é considerada um dos pontos quentes da genómica deste vírus.

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Representação artística do coronavírus SARS-CoV-2 DR

Chama-se D614G e é uma mutação genética que tem dado que falar. Nos genomas do coronavírus SARS-CoV-2 analisados tem vindo a ser encontrada com frequência. Em Portugal, dos cerca de 800 genomas já sequenciados, ela está presente em quase 90%. Quer dizer que torna o vírus mais transmissível? Nos últimos dias, uma equipa de cientistas do Instituto de Investigação Scripps (nos Estados Unidos) anunciou que em in vitro a D614G aumentou a capacidade de o vírus infectar células humanas. Contudo, outros investigadores alertam que estas experiências em culturas de células não mostram que esta mutação prejudica o próprio vírus ou que o torna mais contagioso. Aliás, alertam mesmo que, por agora, não é possível afirmar que as mutações verificadas façam o vírus mais ou menos virulento.

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Chama-se D614G e é uma mutação genética que tem dado que falar. Nos genomas do coronavírus SARS-CoV-2 analisados tem vindo a ser encontrada com frequência. Em Portugal, dos cerca de 800 genomas já sequenciados, ela está presente em quase 90%. Quer dizer que torna o vírus mais transmissível? Nos últimos dias, uma equipa de cientistas do Instituto de Investigação Scripps (nos Estados Unidos) anunciou que em in vitro a D614G aumentou a capacidade de o vírus infectar células humanas. Contudo, outros investigadores alertam que estas experiências em culturas de células não mostram que esta mutação prejudica o próprio vírus ou que o torna mais contagioso. Aliás, alertam mesmo que, por agora, não é possível afirmar que as mutações verificadas façam o vírus mais ou menos virulento.