Covid-19: mais uma morte e 336 casos positivos — 84% na região de Lisboa

Dos novos casos, pelo menos 282 foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Há 23.580 casos recuperados e 435 internados, dos quais 69 nos cuidados intensivos.

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Paulo Pimenta

Portugal regista mais uma morte por covid-19, uma subida de 0,07% nas últimas 24 horas, o que faz aumentar o número total de óbitos para 1523, de acordo com o relatório de situação da Direcção-Geral da Saúde desta quarta-feira. 

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Portugal regista mais uma morte por covid-19, uma subida de 0,07% nas últimas 24 horas, o que faz aumentar o número total de óbitos para 1523, de acordo com o relatório de situação da Direcção-Geral da Saúde desta quarta-feira. 

Há ainda mais 336 casos positivos, ou o equivalente a uma subida de 0,8%, elevando o total para 37.612. Desses, 282 foram identificados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, o que equivale a 84% do total de novos casos. Foram ainda detectados 38 novos casos no Norte, nove no Centro, seis no Algarve (alguns dos casos identificados depois de testadas as pessoas que estiveram presentes numa festa de aniversário, em Lagos) e um novo caso no Alentejo. 

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Na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica do país, o secretário de Estado da Saúde indicou que “cerca de 40% do total de testes de diagnóstico feito em Portugal” correspondem à região de Lisboa e Vale do Tejo. António Lacerda Sales disse que os números eram expectáveis. Entre 1 e 15 de Junho registaram-se 4153 novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, de acordo com os dados divulgados na conferência.

Sobre o aumento dos casos em Lisboa, Graça Freitas afirmou que “tudo foi feito para limitar estes focos” e “estamos no bom caminho”, uma vez que é “cada vez mais rápida a elaboração dos inquéritos epidemiológicos”, o que ajuda na hora de isolar e testar doentes e contactos próximos. Os concelhos que inspiram mais cuidados são os da Amadora, Loures, Odivelas, Sintra e algumas zonas do concelho de Lisboa, admite a directora-geral da Saúde. 

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Questionada sobre o surto em Lagos que tem como origem uma festa que juntou dezenas de pessoas, Graça Freitas afirmou que há já 37 casos positivos confirmados (número que ainda não consta na totalidade no boletim diário), vindos de várias zonas do Algarve. De acordo com a informação prestada na terça-feira pelo presidente da Câmara de Lagos ao PÚBLICO, terão estado na festa pessoas vindas de Lisboa e de Coimbra.

A única morte registada nas últimas 24 horas foi a de uma mulher com mais de 80 anos. A taxa de letalidade global da doença é de 4% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 17,4%, de acordo com o números fornecidos pelo secretário de Estado da Saúde.

Registam-se 23.580 casos recuperados (mais 370 do que na terça-feira) e 435 internados, dos quais 69 nos cuidados intensivos.

Dexametasona “está em utilização e está disponível"

Presente na conferência de imprensa, o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, foi questionado sobre o uso da dexametasona em doentes graves de covid-19. Explicou que é um medicamente utilizado “desde os anos 1960” para outro tipo de doenças e que tem um efeito positivo em doentes em situação grave ou crítica. 

“Os nossos profissionais poderão utilizar o medicamento se acharem adequado”, esclareceu. Contudo, à semelhança da comunidade científica internacional, advertiu que é preciso “aguardar pelos dados” para se conhecer “em detalhe quais as condições em que deve ser considerada”.

Relativamente às reservas do medicamento — o primeiro medicamento com resultados positivos em doentes que precisaram de estar ligados a um ventilador ou a receber oxigénio —, o presidente do Infarmed afirmou que “o medicamento está em utilização e está disponível”. Inclusive, foram utilizadas 200 mil unidades deste medicamento nos primeiros quatro meses do ano, segundo Rui Santos Ivo.

A situação está “perfeitamente assegurada”, disse. “Vamos verificar disponibilidades para perceber se estão disponíveis no nosso país.”