O epicentro do (mau) colesterol está a mudar-se da Europa para Ásia

Quase mil cientistas de todo o mundo analisaram dados de 1127 estudos, que envolvem mais de 102 milhões de adultos, para avaliar as tendências globais dos níveis de colesterol entre 1980 e 2018.

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REUTERS/Yuya Shino

Um artigo publicado na revista Nature, assinado por quase mil cientistas onde se encontram vários portugueses, mostra que o perigoso indicador de saúde do “mau” colesterol parece estar a transferir-se da região da Europa para a Ásia. Mais do que uma questão de geografia, o principal factor de risco para doenças cardíacas e cerebrovasculares está a transferir-se dos países com rendimentos mais altos para as regiões de médios e baixos rendimentos. O padrão repete-se: com o progresso, as populações alteram comportamentos e adoptam maus hábitos. Enquanto isso, o ocidente terá conseguido reduzir os níveis de colesterol, mas muito à custa de uma generalização do acesso aos medicamentos usados para controlar o problema.

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Um artigo publicado na revista Nature, assinado por quase mil cientistas onde se encontram vários portugueses, mostra que o perigoso indicador de saúde do “mau” colesterol parece estar a transferir-se da região da Europa para a Ásia. Mais do que uma questão de geografia, o principal factor de risco para doenças cardíacas e cerebrovasculares está a transferir-se dos países com rendimentos mais altos para as regiões de médios e baixos rendimentos. O padrão repete-se: com o progresso, as populações alteram comportamentos e adoptam maus hábitos. Enquanto isso, o ocidente terá conseguido reduzir os níveis de colesterol, mas muito à custa de uma generalização do acesso aos medicamentos usados para controlar o problema.