Mês de Maio foi o mais quente dos últimos 89 anos em Portugal, igualando Maio de 2011

IPMA registou ainda uma onda de calor com duração de 17 dias, uma das mais longas e com mais extensão territorial.

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Adriano Miranda/Arquivo

O mês de Maio foi o mais quente dos últimos 89 anos em Portugal, a par com 2011, tendo-se registado uma onda de calor com duração de 17 dias, uma das mais longas e com mais extensão territorial.

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O mês de Maio foi o mais quente dos últimos 89 anos em Portugal, a par com 2011, tendo-se registado uma onda de calor com duração de 17 dias, uma das mais longas e com mais extensão territorial.

De acordo com o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), disponível esta segunda-feira na página da Internet, Maio foi um mês “extremamente quente e seco” e é o mais quente desde 1931, igualando Maio de 2011. No mundo, Maio foi o mês mais quente desde que há registos, segundo o serviço europeu de mudanças climáticas Copernicus.

O IPMA destaca também que no período de 17 a 31 em diversas estações da rede de observação de superfície verificou-se a ocorrência de uma onda de calor, de norte a sul do território do continente.

Esta onda teve início nos dias 17 e 18 de Maio e durou até ao final do mês, prolongando-se nalgumas estações do nordeste do país até aos primeiros dias de Junho.

Segundo o IPMA, esta onda de calor teve uma duração máxima de 16/17 dias e pode ser considerada como uma das mais longas e com maior extensão territorial para o mês de Maio.

O instituto destaca também que durante o mês foram registados valores muito altos da temperatura do ar, que foram muito superiores aos valores normais, na segunda quinzena de Maio, em particular a partir do dia 17.

“Nos dias 3 e 26 a 29 o valor médio da temperatura máxima do ar, e Portugal continental, foi superior a 30 graus Celsius”, segundo o IPMA.

O valor médio da temperatura média do ar (19 graus Celsius) foi muito superior ao normal (mais 3,26 graus).

Segundo o IPMA, os valores médios da temperatura máxima do (25,40 graus) e da mínima (12,60 graus) foram os 2.ºs valores mais altos desde 1931.

O menor valor da temperatura mínima foi registado em 10 de Maio em Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) com 3,3 graus Celsius e o maior valor da máxima foi registado no dia 28 em Pinhão (Vila Real) com 37,3 graus Celsius.

Choveu pouco, mas há excepções

No que diz respeito à chuva, o valor médio da quantidade, 51.2 milímetros, corresponde a 72% do valor normal 1971-2000 (71.2 mm).

Os valores de precipitação foram superiores ao normal em alguns locais da região sul e em particular no Alto Alentejo, na Península de Setúbal, no Baixo Alentejo e no sotavento algarvio.

Por outro lado, na região Norte e em especial nas zonas de altitude os valores de precipitação foram muito inferiores ao normal.

O Boletim Climatológico, disponibilizado pelo instituto, inclui também o índice meteorológico de seca (PDSI), que aponta para uma diminuição da área de intensidade da seca meteorológica na região sul no final de Maio.

No entanto, no interior Norte voltou a surgir a classe de seca fraca.

De acordo com o PDSI, no final de Maio 75,2% de Portugal continental estava em situação de seca normal, 17,5% em seca fraca, 4,7% em seca moderada e 2,6% em chuva fraca.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.