Sim, é preciso “superar” a economia zombie

Zombie, na verdade, tem sido o modelo económico que mantemos há décadas. Um morto-vivo canibalizando o planeta, envolto numa nuvem de fumo que mata, todos os anos, 19 vezes mais do que a covid-19 matou nos últimos cinco meses.

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Rui Gaudencio

É curioso que se tenha escolhido a palavra zombie para definir a economia destes tempos de pandemia. Meio mundo parou, é verdade, lançando-nos numa crise de produção, consumo e finanças públicas sem precedentes, mas zombie, na verdade, tem sido o modelo económico que mantemos há décadas. Um morto-vivo canibalizando o planeta, envolto numa nuvem de fumo que mata, todos os anos, 19 vezes mais do que a covid-19 matou nos últimos cinco meses no mundo e que, em Portugal, segundo o Ministério do Ambiente, é responsável por seis mil mortes prematuras, principalmente nas cidades. Graças aos nossos esforços colectivos, o vírus, note-se, matou até agora quatro vezes menos que isso.

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É curioso que se tenha escolhido a palavra zombie para definir a economia destes tempos de pandemia. Meio mundo parou, é verdade, lançando-nos numa crise de produção, consumo e finanças públicas sem precedentes, mas zombie, na verdade, tem sido o modelo económico que mantemos há décadas. Um morto-vivo canibalizando o planeta, envolto numa nuvem de fumo que mata, todos os anos, 19 vezes mais do que a covid-19 matou nos últimos cinco meses no mundo e que, em Portugal, segundo o Ministério do Ambiente, é responsável por seis mil mortes prematuras, principalmente nas cidades. Graças aos nossos esforços colectivos, o vírus, note-se, matou até agora quatro vezes menos que isso.